Rapidinhas: O Juiz e O Médico Alemão

O Juiz (The Judge)



Direção de David Dobkin, com Robert Downey Jr e Robert Duvall.


Apesar de o longa começar em um bom ritmo, guiado principalmente pelo protagonista que vive Robert Downey Jr., logo se entrega sem delongas a uma clichê em todos seus aspectos. Hank Palmer (Downey Jr.), um advogado bem sucedido, retorna á sua pequena cidade natal para o velório de sua mãe e uma situação adversa o força a ficar mais e a redescobrir a figura paterna que ele sempre odiou. Um legítimo drama americano, apelativo e, neste caso, ligeiramente enfadonho. E a atuação de Downey Jr., que foi o carro chefe nas propagandas do longa, apenas apresenta uma versão mais contida de Tony Stark, o Homem de Ferro (assim como o faz com Sherlock Holmes).




O Médico Alemão (Wakolda)



Direção de Lucía Puenzo, com Alex Brendemühl e Natalia Oreiro

Um dos principais interesses deste longa argentino reside no seu contexto político: a coexistência de imigrantes alemães dentro de cidades argentinas no pós-guerra, onde surgiam grupos simpatizantes do nazismo que ajudavam a esconder do mundo alguns criminosos de guerra foragidos. A diretora cria uma ficção para tratar a obsessão do médico nazista Josef Menguele (Brendemühl), conhecido por realizar bizarros experimentos com humanos nos campos de concentrações, na busca por uma raça perfeita biologicamente. Constrói-se uma trama envolvente onde uma família, cuja filha mais nova sofre de raquitismo, aos poucos se submete aos tratamentos de Menguele sem conhecer ao certo suas verdadeiras intenções. No entanto, são muitas sub-tramas e nenhuma delas recebe uma devida atenção, o que deixa uma sensação final de termos caminhado mas não chegado a lugar algum. Em particular, sobre a interessante vida de Menguele como fugitivo na América do Sul, nada se tem de relevante.

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