Os Vingadores

Título Original: The Avengers

 País/Ano: EUA/2012

Direção: Joss Whedon

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlette Johansson,
Jeremy Renner e Tom Hiddleston.



        




Após o bem sucedido Homem de Ferro, o que se seguiu na preparação da filmagem do famoso Os Vingadores da Marvel, foi uma sucessão de fracassos; Homem de Ferro 2, Thor e Capitão América (os dois longas do Hulk, muito diferentes entre si, foram as exceções). Ou seja, nada levava a crer que a junção destes seis super heróis traria algo de bom para as telonas mas, felizmente, o longa de Joss Whedon surpreende tornando-se um ótimo entretenimento. Indo até um pouco mais além, a ponto de poder-se afirmar como um trabalho único entre os filmes de heróis.

Construído sobre a carcaça tradicional dos filmes de aventura, sem se preocupar em elaborar uma trama envolvente ou até mesmo inteligente, o roteiro de Whedon cobre sua base com um esplêndido senso de humor, na linguagem jovial que se vê hoje em dia. E conduz as mais de duas horas de filme em cima do relacionamente entre os heróis protagonistas. Isso tradicionalmente depositaria o sucesso nas mãos de cada um dos atores envolvidos e, assim sendo, mesmo com a fraca participação de Chris Hemsworth, novamente como Thor,o resultado final não é comprometido.

E como já era conhecido do público cada um dos trabalhos interpretativos, a surpresa fica por conta de Mark Ruffalo que incrivelmente consegue unir em Bruce Banner, como ninguém antes havia feito, a inteligência científica com a timidez tradicional do personagem. Além do estreante, Tom Hiddleston também rouba a cena vivendo novamente o vilão Loki, sendo o ponto chave que mantém o público sempre ciente do que está ocorrendo na trama, impedindo que as cenas individuais dos heróis baguncem o andamento da história. E é merecido que as duas estrelas do filme protagonizem a melhor cena de todas, a mais hilária.

Dito tudo isso, julgar o trabalho de Whedon é um tanto quanto complicado, já que ele comete alguns pecados (como algumas cenas desnecessárias), mas também é seguro em inúmeros momentos (como diálogos profundos que deixam em aberto questões para os futuros filmes da franquia). Mas há uma falha crucial, E AQUI ME PERDOEM O SUTIL SPOILER: não há um explicação sequer para o repentino controle emocional de Hulk. Há também um apelo infantil por não investir na violência explícita que compromete a seriedade do filme, a ponto de que após uma guerra ser travada em uma das cidades mais populosas do mundo, não vemos muitas mortes e nem somos capazes de encarar o fato como uma verdadeira tragédia.

Mas ainda sim, Os Vingadores é vitorioso ao se assumir claramente como algo do tipo, "já que não sei elaborar algo inteligente e real, vamos fazer o feijão com arroz e investir em outras perspectivas". Assim, a relação entre os personagens funciona bem sobre o plano de fundo de um longa de ação tradicional e a junção com a gama de piadas bem elaboradas o torna imperdível nos cinemas. Exatamente o que qualquer produtora cinematográfica deseja.

Trailer:




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