God Help The Girl


Título Original: God help the girl
País: Reino Unido
Direção: Stuart Murdoch
Roteiro: Stuart Murdoch
Elenco Principal: Emily Browning, Olly Alexander e Hannah Murray
Estreia no Brasil: Sem data prevista ainda
*Filme assistido durante o Festival de Cinema do Rio*



Um musical pop, bem ao estilo jovem, onde qualquer problema pode ser resolvido com uma bem elaborada apresentação teatral ao som de uma embalante canção. Mas qualquer inovação é limitada e oprimida pela falta de originalidade que o filme sofre.

O roteiro do longa, assim como a direção, é assinada pelo vocalista da famosa banda de indie pop escocesa Belle & Sebastian. Conta a história de Eve (Browning), uma adolescente que longe da família enfrenta complicados problemas de saúde mental e encontra um forte abrigo ao compor canções junto com dois amigos, James (Alexander) e Cassie (Murray). Para os fans de da banda o musical é definitivamente a cara de Murdoch e suas músicas.

De acordo com o próprio Murdoch, admitindo saber da dificuldade, ao menos para ele, de se fazer um filme, decidiu primeiramente compor as músicas que seriam a base do seu enredo. Esse é um dos motivos que levou o projeto a durar 10 anos, mas também é um fato que faz todo sentido quando se confere o resultado final. Não é um trilha sonora que faz parte de um filme, que o completa mas sim um filme que veio a se adequar à sua trilha sonora.

Mas muita coisa funciona dentro das escolhas que Murdoch fez para transmitir as emoções de seus personagens. Eve, a figura central, já mostra de imediato o quanto ela tem a dizer e o mundo a seu redor a amedronta. No entanto, compondo e cantando ela se liberta e faz isso diretamente para a plateia. Ela não canta para o universo que a ameça, mas sim para você.

Os problemas vividos pela protagonista são complexos e longe de serem casos especiais nos dias de hoje, ainda sim, o longa não deixa de seguir um caminho monótomo e trivial, que já estamos cansados de ver nos cinemas. Sobra o entretenimento puro proporcionado pelos números musicais e alguns poucos momentos de interessantes diálogos.

Murdoch pode crescer no ramo cinematográfico, mas sua originalidade precisar ir além de suas canções. Se sua câmera não for também um instrumento das emoções de seus personagens, como sua música é, fica muito difícil de termos a empatia necessária para que nos importemos com a história que nos contam e tudo não passa de um divertido clipe musical.


Nenhum comentário:

Postar um comentário